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INTERVENÇÕES
EXPERIMENTOS COMPORTAMENTAIS
EXPOSIÇÕES
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PERFORMANCE
OBJETO?
Resumido em "a festinha ruim da sua época", o Rolê Ruim de Quinta nasce de uma insatisfação com a cena noturna da cidade de Porto Alegre, não somente pela repressão militar que participa diretamente de um plano de governo higienista mas também pela sensação de que todos os locais frequentados fazem parte de uma rotina já gasta e saturada de interações sociais.

Com a primeira edição realizada no recém reformado deck da orla do Rio Guaíba, em frente ao centro cultural Usina do Gasômetro, fechado há anos para obras, a segunda edição aconteceu no histórico Monumento aos Açorianos, grande escultura/ponto turístico da cidade.

Todos são convidados a levarem suas próprias bebidas e caixas de som portáteis, criar sua própria playlist e apenas curtir uma noite de quinta, sob o pretexto de que estamos criando a festa ruim de nossa própria época. Concebido para acontecer uma vez por mês em espaços públicos, o Rolê Ruim de Quinta foi rapidamente capturado por proposições maiores de arte e já possui agenda de apresentações, assim como os dados indicam que a firma está crescendo: hoje faz parte da diretoria de elaboração de festividades do rolê Lucas Schultz, Du Ribeiro e Anna Mattos.
Glorificação. Mesa, cadeiras, termos de uso de imagem,
responsabilidade, senhas, televisão, cavaletes, areia,
liquidificador, pessoas, música, suor, calor, confusão.
Dimensões variadas.

5 sessões lotadas;
aprox. 25 integrantes por sessão;

Você entra, olha em volta. Cadeiras. Revistas. Palavras
cruzadas já feitas. Uma TV — os bichos mais peçonhentos
do deserto. Você escolhe um lugar, senta. Senha na mão.
Sensações hipotéticas e provisórias. Os pensamentos se
colidem: O que nos espera? O que não nos falaram? Quem
entrará comigo? Quando vamos iremos entrar? Quando eu
vou sair? O que iremos encontrar?

O caráter da espera é sobretudo o intervalo da expectativa.

Aqui, o convite é exercitar, sem pressa, as condições do
tempo. Uma pausa. Uma parada. Um prazo. Um momento
de curiosidade alheia nos aguarda no outro lado da
parede. Mas o que são as praguinhas do deserto?
As praguinhas são insanamente contagiantes. Temos
desenvoltura e não paramos por aí. Toda situação é jogo e a
peteca nunca cai. Esperamos o momento, armamos o bote,
ficamos a espreita. Atentos ao sinal, à sirene, ao radio, ao
televisor, aos sonetos da última sinfonia — somente então te
entregamos o ouro

Não há respiro para essa experiência.

Somos, neste momento, integrados.
Antes de mais nada e apesar de tudo — celebre.
Estamos o tempo inteiro ou inteiramente em tempo,
comemorando incansavelmente
a incerteza
a duvida
a emoção
a descoberta
talvez seja esse o nosso propósito
a nossa cura
nossos planos são exageros,
nossas angústias combustíveis,
nossas dores propulsores e o nosso deboche um meio,

um elemento químico pronto para ligar suas estruturas ao
imaginável,
e portanto,
ao infinito.
planejamos a devastação dos modos armados,
nossa arapuca nos serviu a glória,
enfeitada e enfeitiçada.
WTF experimentos comportamentais?

Se a performance já exprimiu meu maior desejo sobre a imaterialidade da obra de arte, pude, ao longo do meu percurso, traçar caminhos que levaram a minha atual chave de pesquisa: questões referentes ao comportamento social e à produção de arte contemporânea no Brasil.

Nem um pouco longe de exagerados eventos sociais, estes trabalhos atuais entram em frestas que só podem ser experienciadas através do prisma da arte contemporânea, no atual período, no atual sistema. São elas proposições de olho-no-olho, e, quando necessário, de dente-no-dente.

Sempre atento aos paradigmas da atual sociedade, elaboro um processo cada vez mais profundamente intrigado com as problemáticas da própria produção e da legitimidade artística. É essa legitimidade que configura uma construção social muito bem arquitetada e que deve ser estudada, alargada e remodelada - para que enfim, possa se estruturar uma arte com A maiúsculo muito mais descontraída.


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Quando o ambiente está sob o pretexto da arte, existe uma mudança de comportamento, impera a força do fator social: é como por em praça pública toda uma reputação a prova.

Estes trabalhos (por sua vez, todos colaborativos) colocam cada vez mais os aventurados em decifrá-los em posições divergentes do status quo da arte, lugares embaraçosos por vezes, mas jamais constrangedores.

A passividade do observador não me basta mais... Com maturidade vejo uma linha que conecta estes devaneios: estamos, eu e meu trabalho, inteiramente abertos ao erro e ao fracasso. Este é nosso maior comprometimento com a arte contemporânea.
EDIÇÃO 1
trabalho colaborativo assinado pelo grupo ANTES DITAS
há quem diga que foi uma festa;
há quem diga que foi arte;

eu acho que os dois se misturaram.

qm foi foi
qm não foi fica ligado pra ir no prox
VIDEO FORTE 
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PERRO MALDITO, indefinido, Brasília, DF
2017

Perro Maldito ainda se confunde muito com uma convencional instalação, e talvez seja. Ao cobrir o espaço com iluminação vermelha, armar um verdadeiro campo de batalha artístico e se debruçar ainda de forma expositiva convencional sobre o espaço, o trabalho propõe um mergulho no universo do artista - talvez um retrato da mente, uma materialização não lapidada do pensamento jovem e explosivo.

Realizado durante a 1a. Residência Internacional OCA, a obra compõe a exposição Anarquia Reticular em conjunto com Cecília Vilca (Peru) e Ismael Rodriguez (México), com curadoria de Gregório Soares (Brasília).

Como um resultado das experiências sociais vivenciadas pelo artista no Planalto Central, em contato direto com circuitos alternativos e também os chamados "conceituados", Perro Maldito se aproxima conceitualmente de um livro de artista expandido,
não de uma instalação.